quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Entrevista aos developers da Dead Mushroom


Depois da nossa análise ao jogo Cowboy vs. Aliens vs. Ninjas, tivemos a oportunidade de entrevistar os developers do jogo. Fique a conhecer a Dead Mushroom, uma desenvolvedora de jogos brasileira, que tem, obrigatoriamente de ficar debaixo de olho de qualquer jogador.




1 - Uma pequena apresentação vossa.


A Dead Mushroom é uma desenvolvedora de jogos que nasceu em 2011 a partir do amadurecimento da divisão de desenvolvimento de aplicativos para mídias móveis da iMax Games, empresa com sede em São Carlos, interior do estado de São Paulo, presente no mercado brasileiro de games desde 2005. Além de Cowboy vs Aliens vs Ninjas, temos três jogos publicados na App Store e Google Play (Dragon Raid, Crazy Bitsy Spider e Amazing Spider Attack),títulos que já apareceram entre os Top Apps de diversos países e já somam juntos mais de 1 milhão de downloads.



 

2 - Porquê desenvolver para o iOS?


Pois é a plataforma hoje com a melhor proposta comercial e com custo de investimento acessível por jogo. Pesquisas recentes da Mashable mostram que atualmente o iOS tem 71% da receita global de download de Apps, contra 29% do Android. E mais, uma pesquisa divulgada esse ano pelo NPD mostra que pela primeira vez o público de jogos para mobile é maior que os de console. Estamos um mercado que está ficando cada vez mais concorrido, e atendendo a um público crescente e que cada dia fica mais exigente. O que nos instiga a trabalhar com essa plataforma.





3 - Porquê este tipo de aplicação?

Fazemos jogos porque é o que gostamos de fazer. Somos apaixonados por eles, e desde cedo convivemos com essa cultura que circunda os jogos.



 

4 - Este tipo de gadgets, com interface multitoque, é o futuro dos jogos? Ou irá haver sempre espaço para consolas dedicadas?

Eu acredito que os hardwares irão se fundir. Mas sempre haverá espaço para todas as interfaces. Exemplificando, imagine quando o seu celular estiver capacidade gráfica e computacional dos consoles mais poderosos de hoje em dia, haverá certamente uma maneira simples e rápida de conectar o celular a TV e a um joystick, ou outro acessório. Dessa forma, o jogo que eu estiver jogando no metrô, quando chegar a minha casa eu posso entrar no modo TV e continuar de onde eu parei meu jogo, só que em uma interface melhor. Nesse cenário o próprio jogo poderá se adaptar dependendo se você está jogando na tela de 5" multitoque, ou se está no seu sofá com um joystick na mão em frente da TV 50" enquanto o celular está no seu bolso, processando o jogo. É claro que a essa altura os consoles também podem ter evoluído e estarem com bem mais capacidade de processamento que um dispositivo portátil. Porém, a necessidade dos jogadores por gráficos cada vez melhores irá chegar a um limite, e gradativamente dar lugar a novas necessidades que farão parte da evolução dos jogos.





5 - O que mais e menos gostam em ser um developer para iOS e usar o SDK?


Mais gosto: Pouca variação de modelos. Os jogos são rapidamente testados em todas as variações de dispositivos com iOS. E se comportando da mesma forma a maioria das vezes.


Menos gosto: Burocracia da Apple, linguagem Objective C.

 

6 - Quanto tempo levou a fazer a aplicação e como determinaram o preço?


Esse jogo demorou certa de 5 meses desde a concepção ao lançamento. O preço é algo difícil de determinar, basicamente obedecemos ao mercado e aplicamos o preço mais próximo sendo praticado por jogos similares.
O mais difícil ainda é determinar o modelo de comercialização do jogo e quais as formas que iremos usar para lucrar com o jogo. Hoje apostamos nos banners de propaganda nos jogos, que rendem uma receita razoável, e no modelo conhecido popularmente como freemium. Nesse último, o que o usuário obtém o aplicativo de graça e, caso queira, pode pagar por itens in-game que podem ajudá-lo no seu desempenho no jogo ou mesmo para obter itens exclusivos. Mas claro que esse modelo tem que levar em consideração vários fatores do gameplay, pois tem que está muito bem amarrado a ele para não atrapalhar os jogadores que querem pagar por itens ou se sentirem roubados pelos usuários que pagam por eles.



 

7 - Como chegaram ao nome da aplicação?

Nesse caso, foi o nome que surgiu primeiro, junto com a idéia de colocar um cowboy durão numa inusitada luta contra ninjas e aliens no velho oeste. Só então o jogo foi se constituindo aos poucos.



 

8 - Porque é que a devemos comprar ou experimentar?

Porque somos jogadores em primeiro lugar, e nos colocando como tais, e colocamos (quase) tudo que gostaríamos de ver num jogo para deixá-lo completo, divertido e muito, mas muito desafiador. Pensamos também muito no personagem principal e seus inimigos, e posso dizer hoje com 100% de certeza que colocamos personalidade em cada um e no jogo como um todo.





9 - Com milhares de aplicações na App Store, como fazem para que a vossa se destaque das outras?


Muita criatividade e originalidade. Tentar evitar a mesmice e sempre criar algo novo. Nada é inteiramente novo evidentemente, mas sempre fazemos questão de ter uma boa parcela de inovação.



 

10 - Todos tentam deixar a sua marca quando criam uma aplicação, mas são sempre inspirados por alguma coisa? Onde foram buscar a vossa inspiração?

De várias fontes. Cada pessoa na equipe foi buscar sua inspiração de lugares diferentes. Como o cinema, outros jogos do gênero, histórias em quadrinhos, música, etc. Só para citar alguns. Cada um da equipe foi recorrendo a essas fontes para pensar os cinemáticos, o ritmo do jogo, a caracterização dos cenários e dos personagens, armas e outras idéias malucas que foram surgindo dessa salada de referências.



 

11 - Sobre planos para o futuro. Podem dizer-nos alguma coisa?


Já iniciamos dois novos jogos. O primeiro deles será uma seqüência do nosso já consagrado jogo Dragon Raid. Vamos mudar a jogabilidade e trazer uma nova proposta para esse tema magnífico
O outro ainda é segredo, mas será um jogo para um público mais diversificado, com alguns elementos dos jogos sociais.



(Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)

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