Numa altura em que a privacidade
e espionagem andam na ordem do dia, a Apple, num ato sem precedentes, divulgou
a lista de países que pediram informações sobre utilizadores. No primeiro
relatório de transparência de informação da Apple, esta detalha em 7 páginas
quantos pedidos recebeu de cada país para que fossem dados informações sobre um
utilizador e/ou dispositivo.
A informação pedido pelos
governos desses países não era somente sobre os utilizadores, mas também sobre
os dados armazenados nesse dispositivo. No relatório podemos ler:
Acreditamos que os nossos clientes têm o direito de saber como é que a sua informação pessoal é gerida e consideramos que é nossa responsabilidade proporcionar-lhes a melhor privacidade disponível. Para isso a Apple preparou esta informação sobre as petições que recebeu dos governos que procuram informação sobre utilizadores individuais ou dispositivos em prol de uma maior transparência para com os nossos clientes de todo o mundo.
Analisando os números há algumas
surpresas, outras nem por isso. No TOP3 de países com mais pedidos de
informação estão os EUA, embora a Apple não especifique o número por ser
proibido pela lei norte-americana. O Reino Unido fica em segundo, com a Espanha
a ficar em terceiro, na frente de países como a Alemanha e França. A estes
governos, e aos outros, foram disponibilizadas informações de contas do iTunes,
iCloud e Game Center.
Sobre os casos português e brasileiro
os números não podiam ser mais diferentes entre si. O governo português pediu à
Apple 2 pedidos de Contas de Utilizador, sendo que a Apple acedeu a esses dois
pedidos. Já o Brasil pediu informações sobre 8 Contas de Utilizador da Apple e
esta não deu qualquer informação nesses pedidos.
Portugal inquiriu a Apple 17
vezes sobre 300 dispositivos, sendo que a maçã acedeu a 14 dos 17 pedidos de
informação, ou seja, 82% dos casos. Já o Brasil enviou à Apple 34 pedidos de
informação sobre 5057 dispositivos, em que a maçã só deu informações sobre 2
desses 34 casos, ou seja, 6%. De salientar que 5 desses 34 pedidos de
informação foram referentes a lotes de mercadoria roubada quanto os
dispositivos chegaram ao Brasil.
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